Inspire-se na casa da Família Paiva! Filme com Fernanda Torres
Por WoodPrime | Publicado em 13/05/2025
Se você é apaixonado por decoração que mistura nostalgia com autenticidade e ainda valoriza ambientes elegantes e cheios de personalidade, vai se encantar com a atmosfera envolvente da casa da Família Paiva, mostrada no filme Ainda Estou Aqui. Com um estilo que resgata elementos do passado e, ao mesmo tempo, traz sofisticação nos acabamentos e na escolha dos móveis, essa ambientação conquistou olhares não apenas pelo enredo emocionante, mas também pela forma como os espaços foram pensados.
Neste post, vamos mergulhar nos elementos decorativos que marcaram presença no longa, trazendo dicas práticas para quem deseja adotar uma estética retrô, despojada e, acima de tudo, refinada na própria casa. A residência retratada no filme é, antes de tudo, um verdadeiro convite ao aconchego, com peças que remetem a décadas passadas. Além disso, as cores aquecem o ambiente, enquanto os objetos contam histórias — tudo isso, por fim, é equilibrado com uma curadoria visual cuidadosa, que adiciona um ar sofisticado e atemporal aos ambientes.
Ao longo deste post, vamos mostrar referências claras da casa retratada no filme; além disso, vamos comentar sobre os móveis e acessórios que remetem ao estilo retrô com elegância. Na sequência, também vamos explorar as diferenças entre o cenário atual do imóvel usado nas filmagens e a ambientação cuidadosamente recriada para o longa.
Assim, prepare-se para uma verdadeira viagem no tempo, cheia de charme, requinte e ideias criativas que podem transformar qualquer cômodo da sua casa.
Curiosidades sobre o filme Ainda Estou Aqui, a Família Paiva e a casa que inspirou a produção
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, vai além de uma narrativa cinematográfica; ele é um retrato sensível e profundo da história real da Família Paiva, marcada por eventos políticos e emocionais intensos. A produção não apenas revive momentos cruciais da história brasileira, mas destaca a memória da resistência através de detalhes cuidadosamente escolhidos, como a casa que serviu de cenário principal.
A verdadeira história da família paiva
Baseado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva, o filme narra a trajetória de sua família durante a ditadura militar no Brasil. Seu pai, Rubens Paiva, foi um deputado federal cassado e, posteriormente, desaparecido em 1971 após ser preso por agentes do regime.
Já sua mãe, Eunice Paiva, enfrentou com coragem e determinação os desafios impostos pela repressão; mesmo diante da dor e da ausência, ela criou sozinha os cinco filhos e seguiu lutando por justiça. A obra destaca especialmente a força de Eunice, interpretada por Fernanda Torres, que se tornou símbolo de resistência e resiliência feminina.
A casa que se tornou personagem
Um dos elementos mais marcantes do filme é, sem dúvida, a casa da Família Paiva, que praticamente se torna uma personagem por si só. Localizada na Rua Roquete Pinto, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, a residência foi, portanto, cuidadosamente escolhida para representar o lar da família nos anos 1970. Para isso, a produção investiu em uma cenografia detalhada, recriando ambientes internos com móveis e objetos da época. Além disso, a fachada foi adaptada para refletir fielmente o estilo arquitetônico do período.
Atualmente, a casa utilizada nas filmagens está à venda por R$ 2,5 milhões. Com uma arquitetura charmosa e detalhes que remetem ao passado, ela atrai não apenas interessados em imóveis, mas também fãs do filme e da história que ele representa.
Cenários reais e autenticidade
Para garantir a autenticidade da ambientação, a equipe de produção do filme optou por utilizar cenários reais do Rio de Janeiro, adaptando comércios e paisagens para refletir a cidade nos anos 1970. Essa escolha trouxe uma camada adicional de realismo à narrativa, permitindo que o público se conectasse ainda mais com a história. A cenógrafa Camila Leal Ferreira destacou que o objetivo era criar uma atmosfera que transportasse o espectador para a época, utilizando elementos visuais que evocassem memórias e emoções.
A casa da Família Paiva
Agora que já conhecemos um pouco mais sobre a história da casa e sua importância no contexto do filme Ainda Estou Aqui, é hora de explorarmos os ambientes internos que deram vida à narrativa. Cada cômodo foi cuidadosamente pensado para refletir não só a época retratada, mas também a personalidade da família Paiva e os momentos que viveram ali.
A cenografia do filme é rica em detalhes e nos transporta diretamente para o cotidiano daquela casa, onde cada móvel, objeto decorativo e escolha de cor contribui para criar uma atmosfera densa, afetiva e realista. Vamos, então, percorrer esses espaços e entender como a decoração e a ambientação ajudaram a contar essa história de maneira tão sensível e marcante e anotar como podemos introduzir esses detalhes na sua casa!
Sala de Estar
A sala retratada na imagem carrega uma estética que mescla o retrô acolhedor com um toque de elegância atemporal. Os móveis de linhas retas e madeira escura reforçam o estilo clássico dos anos 1970, enquanto o sofá listrado e a poltrona em couro marrom trazem textura e personalidade ao ambiente. O tapete com padronagem geométrica e os quadros com arte abstrata completam a composição, revelando um espaço que celebra a memória afetiva.
Sala de Jantar
Marcada por móveis de madeira escura e acabamento refinado, a decoração reforça o estilo clássico da casa retratada no filme Ainda Estou Aqui.
Além disso, a sala de jantar combina funcionalidade com charme vintage, destacando-se pela mesa retangular com cadeiras de assento vermelho — um detalhe que injeta cor e personalidade ao espaço. Por fim, os aparadores com linhas curvas sustentam luminárias marcantes e objetos decorativos, como vasos vermelhos e prata, revelando uma curadoria afetiva e cuidadosa.
Escritório
Este ambiente carrega um charme intelectual e acolhedor, ideal para quem aprecia momentos de introspecção ou conversas regadas a boas leituras. Estantes de livros dominam o espaço e entregam um ar culto ao local, enquanto os móveis seguem uma linha de tons terrosos e formas retas.
O sofá laranja queimado, combinado com almofadas estampadas e lisas, ganha contraste com o sofá azul de encosto reto, criando um jogo de cores harmônico e interessante.
No centro do ambiente, a mesa de madeira polida, por sua vez, funciona como ponto de apoio para livros, objetos decorativos e materiais de trabalho. Já a poltrona com estrutura metálica e assento em couro, por fim, adiciona um toque sutil de estilo industrial, equilibrando o visual com personalidade.
Quarto
Nesse contexto, fica evidente que a escolha de obras de arte e elementos de design nos ambientes do filme vai muito além da estética. A decoração da imagem transmite uma estética bastante pessoal e engajada, refletindo um forte diálogo com a arte, a política e a cultura pop alternativa. As paredes, cobertas por um papel de parede geométrico retrô alaranjado, servem como pano de fundo para diversos pôsteres e fotografias colados de forma espontânea.
A presença da bandeira “Seja marginal, seja herói” (1968) no cenário funciona como um poderoso símbolo da Marginália — movimento artístico e cultural conhecido por desafiar o conservadorismo e questionar os valores da elite burguesa. Criada por Hélio Oiticica em homenagem a Alcir Figueira da Silva, que em 1966 atentou contra a própria vida para evitar ser preso após um assalto a banco, a obra ressignifica a figura do marginal como um anti-herói. Ao longo do tempo, essa frase ganhou força como crítica direta à repressão policial e ao autoritarismo do regime militar.
Área externa
O destaque vai para a imponente mesa redonda de madeira maciça, cercada por cadeiras de encosto cruzado, com um toque clássico e sofisticado ao ambiente. Além disso, a cadeira suspensa tipo ninho completa o cenário com um ar lúdico e relaxante, sendo ideal para um cantinho de leitura ou descanso.
Um pouco da Família Paiva na sua casa
Que esse post sirva como um convite para resgatar a personalidade dos ambientes da sua casa, transformando cada cantinho em um reflexo da sua história.
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